Parecer da DGPC sobre o Moinho Grande - Alburrica

Foi divulgado recentemente um parecer da Direção Geral do Património Cultural sobre o Moinho Grande - Alburrica. O processo que decorre desde 2017, foi agora concluído, destacando-se o papel desempenhado pela a Associação Barreiro Património Memória e Futuro. O documento destaca que a intervenção realizada "carecia efectivamente de um estudo arqueológico prévio que informasse o projecto e definisse as medidas preventivas de salvaguarda arqueológica a serem implementadas", e que "a demolição da caldeira e do edificado do moinho de maré foi realizada sem enquadramento de medidas de salvaguarda do património arqueológico, e sem prévia autorização da tutela". Constata-se ainda "a efectiva destruição de estruturas arqueológicas decorrentes dos trabalhos de obra realizados", o que resultou "na destruição irreversível de património cultural, recurso finito, frágil e não renovável e perda de informação científica. Tal situação "é considerado crime passível de punição:"
O parecer destaca o valor patrimonial do espaço, sendo o Moinho de Maré do Braamcamp o maior do Estuário do Tejo; a singularidade do território e a sua sensibilidade arqueológica; a sua importância do ponto de vista da arqueologia industrial e da identidade do Concelho; a ligação deste espaço e de toda a margem direita do rio Coina, onde existe a maior concentração de engenhos de moagem de maré do estuário do Tejo, ligados ao período da Expansão, no qual o Barreiro teve um papel relevante.