Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional, 2024

12-11-2024

No próximo dia 14 de novembro vai decorrer, na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando (Madrid), a cerimónia de entrega, referente a 2004, quer do do Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional. Ambos são promovidos pela Fundación Culturas Constructivas Tradicionales que, constituída em 2023, que tem como principal missão fomentar e incentivar o estudo, a proteção, o ensino, a divulgação e a conservação da construção, da arquitetura e do urbanismo tradicionais característicos de diferentes regiões do mundo.

Instituído em 2012, o Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional tem com objetivo distinguir profissionais que têm contribuído, ativa e significativamente, para promover a preservação do património arquitetónico, paisagístico e urbanístico tradicional – favorecendo não só a preservação das suas especificidades identitárias, como inspirando a arquitetura contemporânea. Inicialmente restrito ao território espanhol, desde 2017 estendeu-se a Portugal, podendo, desde então, candidatar-se ao mesmo arquitetos que exercem a profissão em qualquer um dos dois países.

Nesta 12ª edição do prémio, o contemplado foi Juan Luis Camacho, arquiteto espanhol. Licenciado pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid, tem uma extensa e reconhecida carreira na reabilitação e restauração do património, bem como na projeção de novas obras, não só enraizadas na tradição, como harmoniosamente inseridas na paisagem urbana e natural em que estão implantadas. A prática de Camacho sempre se pautou por um profundo respeito pelos materiais, técnicas, ofícios, memória e cultura de cada lugar, interessando-lhe, sobretudo, a promoção dos espaços públicos.

 Carmen Añón Feliú foi distinguida com a Medalha Richard H. Driehaus da Conservação do Património 2024, em reconhecimento da sua trajetória, de mais de seis décadas, no domínio da proteção, difusão e conservação de jardins históricos e paisagens culturais. Destacando-se pelos projetos de referência que tem desenvolvido no âmbito do restauro de alguns dos jardins mais emblemáticos de Espanha, Añón tem igualmente prestado significativos contributos internacionais, no âmbito da sua área de especialização. 

Apologista de que os jardins históricos devem ser entendidos muito para além do conjunto de elementos vegetais que os compõe (perecíveis e mutáveis), Añón coloca o enfoque da conservação no respeito pela sua configuração espacial e pelo contexto histórico da sua intervenção.

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